domingo, 31 de outubro de 2010

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Das coisas que eu vejo e ouço...


...Agradeço a Deus pela consciência.
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Volto do trabalho caminhando para casa num ritmo intenso. Ando muito rápido e sinto meu corpo agradecendo pelo esforço de poder se mover e enrijecer. Vou olhando para o lado, para o chão, para o horizonte,... e vejo tudo, simplesmente tudo que eu posso, e percebo.

Tem cada coisa que eu vejo... chega a me dar náusea. Cada coisa que eu ouço... tem dias que eu me torço e me contraio sem perceber. É como se apertassem um botão do meu cérebro e me fizessem me apertar inteira, como um mecanismo, e então eu me lembro de me soltar.

E me solto. Numa música, numa cerveja, num atendimento durante o trabalho, na resolução de algum problema que estava trancando meu caminho para fluidez e resolução de outras coisas. Quando eu solto meus músculos dos braços, das mãos, das pernas, dos pés e da cabeça... aí é o momento que eu percebo.

Percebo e agradeço porque isso é a consciência de tudo.

De repente o problema nem era tão grande assim ou por um acaso você interpretou o outro de um modo completamente distorcido - e vice-versa - porque existem infinitas possibilidades.

Falta espaço na minha caixa maciça de pensamentos para tentar imaginar cada possibilidade para cada interpretação, sentimento ou situação. Muitas coisas [podem ser] - . E é impossível e irracional tentar me colocar em lugares onde simplesmente não me encaixo, porque é grande ou pequeno demais... porque é mais plano ou tortuoso... cada ser tem um conjunto de características que forma uma personalidade única.

(e todas essas personalidades se movimentam)

Cada dia é um dia único, o que faz das personalidades únicas se tornarem instáveis, e isso não se dá apenas pelos constantes picos de humor ou num dia em que acordamos feios e ríspidos e no outro bonitos e agradáveis... Esse movimento pulsa. O que significa que um tanto de características e sentimentos individuais constantemente mudam e outro tanto de características e sentimentos individuais permanecem em sua essência - pois é isso o que é: essência.

essência
s. f.
1. O que constitui o ser e a natureza das coisas.
2. Qualidade predominante ou virtual de (plantas e drogas).
3. O que há de mais puro e subtil (nos corpos).
4. Ser; existência.
5. Óleo essencial ou volátil.
6. Carácter! distintivo.
7. Ideia principal.

É essa consciência que me solta quando eu mesma me amarro e me sujeito a condenar a mim mesma uma pena caríssima de vida tensionando meu corpo, aprisionando minha mente e espírito.

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...O resto eu vou levando. Um dia bom e outro ruim. Um dia belo e outro nem tanto assim.

Nada disso importa. O que me vale é essa semente que eu cultivo em mim para colher a paz.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Mais um passo adiante...

Está meio escuro mas a varanda foi o melhor lugar da casa onde eu pude encontrar um pouco de conforto a essa hora do dia - depois do tão esperado jantar da Maja... ela mal chegou e já vai embora.

Parece que foi ontem que (no dia 15 de agosto? não me lembro bem) eu e larissa fomos buscá-la na rodoviáriaç momentos depois ela estava sentada na mesinha aqui da cozinha de casa, com uma carinha assustada de quem acaba de ver um monte de coisas estranhas. Vinha a menina croata que ninguém sabia quem era, apenas de onde vinha, e ela já está indo embora... o tempo voa.

No jantar falamos inglês, português e espanhol, o que me faz sentir viva.

A bagunça na cozinha... as garrafas de vinho espalhadasa... o sono que vem... o frio da varanda... Tô aqui. Com a mesma carinha de assustada da Maja quando chegou no Brasil e não conhecia nada - estou entrando em uma atmosfera diferente, sentindo um frio do estômago.

Com os olhos fechados desta vez...
(não consigo enxergar nada, mas eu vejo tudo)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pronto. Tá vendo?

É só permanecer por cerca de 40 minutos na cama, a luz de velas, praticando exercícios de respiração e mentalização com a vibração lá no alto. Dorme. Acorda. Respira.

...O dia flui.

As coisas começam a fazer sentido e aí é tudo vai fluindo melhor ainda. Nem as fotos do recente casamento do meu ex-amor-platônico me abalou, nem o sapo gordo que entalou na minha garganta sobrou, foi digerido e nem preciso dizer o que foi que ele virou depois; o e-mail que nunca foi respondido está perdoado; a convivência com a roomie que não é nada fácil; o outro e-mail que nunca foi respondido foi perdoado também...

É esse caminho turvo que eu vou traçando rumo a um mundo paralelo que Deus sabe lá aonde vai dar.

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