Estou tentando juntar pedaços de mim jogados no tempo para remontar a minha história e tentar dizer para mim mesma quem sou eu agora.
Depois de ter encarado a adolescência, uma fase repentina de uma série de fatos desagradáveis havia me transformado em uma menina insegura e cheia de medos.
Resumidamente: eu fui uma criança... depois fui uma pré-adolescente estranha, depois fui uma adolescente bochechuda, com o sobrenome "Formiga", que nunca tinha ido à Disney, não usava roupas nem perfumes importados, que não tinha a mesma estatura nem a mesma estrutura corporal, nem a mesma classe social que as outras meninas da escola. Desde criança eu era a menina "zoadinha" pela turma.
Não era p/ menos. Minha família veio de uma terra muito longe daqui, onde tudo era muito diferente - e socialmente muito inferior - meus pais sempre foram diferentes dos outros pais... mas isso nem de longe era algo ruim. Eu nasci e cresci nessa cidade de interior, onde o objetivo único de cada um é passar por cima do que está à frente.
Ter nascido de uma família diferente - com valores tão distintos e reais - fez de de mim uma mulher recém-nascida que destoa diante das demais - uma menina, uma garota; uma pessoa que na verdade eu não consigo ainda definir, mas que p/ mim, hoje, eu... sou... muito especial.
O duro é manter este equilíbrio sempre... dia-a-dia me vendo como uma menina de sorte, competente e especial... Tem dias que simplesmente me esqueço de onde eu vim, o quê eu sou, por qual motivo eu estou aqui?, é difícil manter sempre a cabeça no lugar e não pender para o lado de fora, onde as influências nem sempre são tão legais.
É para isso que eu estou aqui.
Para passar a limpo todas as minhas descobertas e colorir cada uma delas.
Quero escrever sobre todos os meus passos sem seguir uma ordem cronológica de modo que eu me sinta livre para ir e vir quando bem quiser -
e entender.
Entender cada questão p/ então tentar encontrar -
cada resposta.
Eu não vim p/ explicar a ninguém, a não ser à mim mesma. Mas pode vir...
Pode ler, pode rir, pode chorar e pode até xingar - este último faça apenas p/ você mesmo -
eu gostaria de ter companhia.
Isto é perigo, é um desafio, uma empreitada. E sabe-se lá se vai dar certo... eu só sei que estou aqui.
(e meu ponto de partida já ficou lá atrás)
Dani voce e demias..... uma mulher com jeito de menina que contagia a tudo e a todos com seu carisma e alegria..... sei que estamos longe mais quero que te levo dentro do meu coracao em lugarzinho muito especial......
ResponderExcluirsaudades....
Janina
Vou seguir, vou rir, vou chorar e se tiver vontade de te xingar eu ligo ou mando uma mensagem. Super apoio isso aqui. Voce sempre foi sensivel, captou coisas e leva jeito. Precisa por pra fora. Quando der vontade de parar, nao pare. So isso.
ResponderExcluirBeijos, Lau